domingo, 24 de julho de 2022

IMERSÃO ANUAL da NH2Br com como objetivo a Atualizar o nosso Planejamento Trienal.

A Nação Hip-Hop Brasil, foi fundada em 22 de Janeiro de 2005, e atualmente está organizada em 15 estados da Federação e no Distrito Federal, conta com o apoio de diversos artistas, colaboradores e entidades em todo o território nacional, participa de diversos fóruns, redes, coletivos e conselhos, atuando e contribuindo na disseminação do Hip Hop, nas ações culturais, e nas ações de políticas públicas para o povo da periferia. http://www.nacaoHip-Hop brasil.com.br/

Nós,  há 17 anos, organizamos e propomos políticas públicas em prol do Hip-Hop em todo território brasileiro. Temos nos últimos anos, organizado uma diretriz com algumas pautas temáticas e pilares de trabalho que visam atender de forma efetiva as necessidades e anseios de nosso movimento, junto a sua atuação social, cultural e política. E desde 2015, realizamos a IMERSÃO ANUAL da NH2Br com como objetivo a Atualizar o nosso Planejamento Trienal. De forma híbrida, realizada nos dias 25 e 26 de junho de 2022 de 9h às 18h30, em São Paulo - capital, CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, localizada na R. Cardoso de Almeida, 1843 - Sumaré, São Paulo - SP, 01251-001, formato presencial e on-line.


Esta ação é fruto da construção participativa, cultural e periférica, articulada pela nossa direção nacional da nossa organização e conta com representantes de diversas partes do País, com o intuito de avaliar e prospectar sobre a luz do nosso manifesto “O Grito da Periferia” lançado em 2018, e traz com sigo um múltiplo pensamento em prol da organização do nosso movimento Hip-Hop e os diversos desafios continentais das Periferias e do Brasil.

Encaminhamentos clicando neste LINK

Pacto pelo HIP HOP e pelas PERIFERIAS

 

Clique na imagem e baixe o documento.

A QUE SE DESTINA O PACTO PELO HIP HOP E PELAS PERIFERIAS

Nós da Nação Hip Hop Brasil, há 17 anos organizamos e propomos políticas públicas em prol do Hip Hop em todo território brasileiro. E com este momento eleitoral não seria diferente. Temos nos últimos anos, organizado uma diretriz com algumas pautas temáticas e pilares de trabalho que visam atender de forma efetiva as necessidades e anseios de nosso movimento, junto a sua atuação social, cultural e política.

Em 2018 apresentamos a toda sociedade, através do nosso tradicional Encontro Nacional, o nosso Manifesto “O Grito da Periferia”. Os dados da violência contra nossas juventudes, mulheres, pessoas negras e comunidades de periferia, religiões de matriz africana, povos originários e LGBTQIAP+ são cada vez mais alarmantes. Apontam para um sistema ausente, omisso, opressor e genocida.

Neste documento apresentamos nossa linha de pensamento e atuação, e queremos destinar o mesmo e suas diretrizes de conteúdo, para que seja um documento norteador de termo de compromisso entre os participantes do pleito eleitoral de 2022, e que sirva como instrumento de orientação para que as Gestão Pública no Âmbito Estadual e Nacional e seus futuros legisladores e gestores possam firmar um processo de chancela e outorga, para garantir e mediar este processo e sua efetiva ação.

Eixos de Compromisso:

1. Geração de Trabalho, Renda e Empreendedorismo:

Ainda é um desafio para os fazedores e trabalhadores de cultura urbana e da periferia, gerar renda através da produção artística e cultural. É necessária a ampliação de espaços e oportunidades nas estruturas públicas, assim como também na economia criativa e solidária. Incluir a participação de pequenos empreendimentos e artistas alternativos junto à prestação de serviços diretos ou indiretos organizados pela gestão pública. Diante disso, é de suma importância a promoção de mecanismos de simplificação e desburocratização das ações deformação, fomento e fruição públicas para a cultura urbana e periférica, contemplando a ideia de diversidade desse movimento, fazendo uso também de políticas afirmativas.

2. Comunicação e Mídias:

A comunicação, mais do que nunca, é uma atividade pilar. É por meio dela que as principais ações e atores se conectam, é por ela que vem a sinergia no campo de pensamento e unidade de ação. É necessário que os meios de comunicação e suas ferramentas sejam acessíveis e inclusivas, atendam toda a nossa rede, promovendo o investimento, o fortalecimento e a criação de programas de Hip Hop e culturas urbanas na televisão e rádio públicas do país. Na busca pela descriminalização do Hip Hop e da cultura periférica. As mídias precisam entender e respeitar nosso processo de atuação e formação cultural bem como nossa ancestralidade griot. Saber produzir e gerenciar esses espaços e formas de comunicação é primordial.

3. Cultura e Entretenimento:

É importante entender que o Hip Hop e as Culturas Urbanas estão enraizadas numa plural diversidade, que vem expressa na fala, estética, estilo de vida e posicionamento político. O Hip Hop está além da música e entretenimento. É importante valorizar todo um processo de criação, participação, profissional e técnica, para existir uma ação final produzida com qualidade. Neste sentido, a gestão pública precisa estar atenta a garantir acolhimento, fomento e produção de toda cadeia produtiva para não descaracterizar a cultura e tratar ela apenas como um produto do mercado cultural, mas sim, compreendê-la enquanto ferramenta de manifestação sociocultural e política, importante para a formação da sociedade brasileira.

4. Ocupação de Espaços de Poder com Ação Política e Institucional:

Queremos estar presentes e representados nos espaços de poder e decisão, não nos atende ficar na dependência de terceiros. Todo espaço de enfrentamento e construção no campo das ideias e projetos sociais, culturais e políticos, são espaços de decisões que nos trazem desdobramentos concretos e objetivos dos projetos que pensamos e queremos. Para tanto, é importante ampliar o acesso para as diversas culturas urbanas e periféricas, garantindo um amplo espaço de fala, gestão, participação e decisão nos segmentos da cultura urbana e periférica. Defender a efetivação do Sistema Nacional de Cultura.

5. Desenvolvimento Social Educacional e Cidadania:

O Hip Hop e as culturas de periferia são as que mais sofrem com os problemas da sociedade brasileira, enquanto vanguarda nas lutas sociais e periféricas. Elas absorvem e compreendem de forma mais concreta a imensa desigualdade, as mazelas que ainda existem no Brasil e que produz diariamente vítimas de um sistema que não nos atende. É dever do poder público garantir ações, programas e políticas públicas que atendam as demandas do movimento Hip Hop das culturas urbanas periféricas e seus territórios, que há tempos trazem pautas urgentes e necessárias contras as desigualdades sociais. Nosso movimento sempre trouxe alertas e denúncias, quanto à falta de infraestrutura urbana, saúde e educação precária nas comunidades periféricas, bem como outras demandas e temas que precisam ser garantidos para o exercício pleno de nossa cidadania. Nossa participação nestes temas transversais a nossa cultura não são menos importantes. Tendo aqui apresentado nosso Manifesto e Propostas do Pacto com o Hip Hop e as Periferias, convidamos as candidatas e candidatos ao Pleito Eleitoral 2022 afazer a assinatura do termo de compromisso do mesmo. Este documento foi atualizado e aprovado pela Rede Nacional da Nação Hip Hop Brasil.