Em 19 de Maio de 1925 nascia em Omaha, Nebraska, Estados
Unidos o líder Malcolm X. Se estive vivo completaria na data de hoje 90 Anos. Seu
assassinato, há 50 anos, eliminou um ícone da resistência ao racismo e um
projeto alternativo à “democracia” norte-americana.
O caráter atribuído a Malcolm de comunista, libertário,
violento, pacifista, muçulmano radical negro, tocou mais que as multidões de
oprimidos que paravam para ouvir suas pregações. Chegou mais tarde às
periferias de outros países, às quebradas de São Paulo. “No princípio eram
trevas/ Malcolm foi Lampião/ Lâmpada para os pés negros de 2010/ fãs de Mumia
Abu-Jamal, Osama, Sadam/ Al-Qaeda, Talibã, Iraque, Vietnã/ Contra os boys/
Contra o GOE/ contra a Ku Klux Klan”, canta o rapper Mano Brown em Mente
de Vilão.
Em uma manhã fria de novembro de 1929, homens encapuzados
da organização racista Ku Klux Klan jogaram gasolina e atearam fogo no sobrado
da família Little, no subúrbio de Lansing, no estado norte-americano de
Michigan. As lembranças das chamas consumindo a casa rapidamente e os gritos
desesperados marcariam a memória do pequeno Malcolm, na época com 4 anos,
conforme contaria em autobiografia, lançada em 1965. Dois anos depois, seu pai,
Earl Little, um pastor batista que além de religião pregava a luta contra a
discriminação racial, foi espancado até a morte e teve o corpo colocado numa
linha de bonde, sendo esquartejado.
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